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terça-feira, 18 de outubro de 2011

É só o tempo de acabar de cortar a cebola

Cantarei para você aquela velha canção, ao pé do seu ouvido. Te darei um forte e gostoso abraço, aquele que você adora. Vou rir das suas piadas mais sem graça. Depois disso, arrumarei  todas as suas roupas numa mala. Dessas bem grandes. Colocarei sua mala defronte o meu portão. E vou te dar adeus...

Isso vai doer mais em mim do que em você. Você sempre foi mais forte, mais maduro. Minha falta você não há de sentir. Tomarei um vinho safra ruim em sua homenagem, vou chorar. Vou deixar cair uma lágrima de cada vez. Depois que o vinho acabar vou me encharcar de whisky, conhaque, tequila, cachaça... Vou dar um sumiço. Viajarei pelos nossos momentos. No início não vai ser fácil. Nunca é fácil perder uma vida. Se ver sem nada, apesar de ter tudo.

Eu to te dando  liberdade. To me enfiando numa nova vida. A MINHA. Vida essa que eu nunca tive, só existia você e você e você e você... Eu vou renascer das cinzas, eu vou arrebentar a camisa de força que me sufoca. Isso não vai demorar. Depois que você ver que eu fui muito pra sua vida medíocre, você vai me telefonar. E eu vou te dizer um não bem alto, de dentro das minha entranhas. Eu vou rir pro dentro e vou te desejar as piores coisas desse mundo.

Você vai me ver renovada. Serena, avassaladora. E você será um derrotado, um merda. E eu estarei triunfando pelos séculos sem fim. Você vai invejar a minha felicidade, igual um dia eu invejei a sua. Aí sim eu vou ser plenamente feliz. E você meu caro, o homem mais triste do mundo...

Eu sou bem humana, e por isso não minto frente o que sinto. Se alguém se sentir ofendido, só lamento. Lamento por você não ter hombridade de deixar transparecer os seus sentimentos. Não seja hipócrita, se jogue nas palavras. Essa é a melhor e mais antiga forma de terapia do mundo... Se jogue, só isso!

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