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quarta-feira, 14 de março de 2012

Praga pega

Quando fui matriculada no curso normal do Instituto de Educação Eber Teixeira de Figueiredo, em 2007 a única coisa que queria era ir embora de lá. Eu acabara de sair de uma escola de freiras bem homogênea. Lá todo mundo era católico apostólico romano, tricolor, branco e com uma aprendizagem exemplar. Na minha nova escola não tinha nada disso. O meu primeiro contato com o ensino público brasileiro foi lá. A minha sala era super heterogênea. Lá tinha negros, brancos, gêmeos, flamenguistas, botafoguenses, evangélicos etc...
Só tenho boas e engraçadas lembranças daquela escola.  Me recordo do último dia de aula do ultimo ano do meu curso. Era aula de Alpha(abordagens psicosociolinguistica do processo de alfabetização). Minha professora estava se despedindo e dizendo que não podia participar da nossa formatura pois iria fazer uma cirurgia. Nessa aula ela nos disse uma coisa que me marca até hoje. Ela nos desejou que tivéssemos os alunos que nós fomos. Eu já estava na faculdade e nunca imaginei dar aula. Em maio de ano passado comecei a dar aula para meu vizinho. Criança inteligente, bem humorada e engraçada. 
A praga que Ingrid me rogou foi boa. Pelo menos encontrei os alunos que eu fui um dia. Até na preguiça eles me puxaram.  Eu amo meus alunos, eu amo ser professora, eu amo tudo que aprendo com eles, eu amo a praga da Ingrid ! 

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